terça-feira, 7 de julho de 2009

Casa da Amizade X ASR

A nossa responsabilidade é ainda maior por pertencermos à Casa da Amizade do Rotary Club.
Para muitos, a Casa da Amizade não passa de uma associação de senhoras desocupadas que fazem filantropia, ligadas ao Rotary apenas por laços familiares. Estão enganados os que assim pensam. A Casa da Amizade não existiria sem o Rotary. Seria apenas mais uma associação filantrópica como tantas outras ligadas a bairros, igrejas ou orfanatos. O Rotary, sem dúvida, existiria sem Casa da Amizade, mas se ressentiria sem os seus trabalhos, pois, do companheirismo aos grandes programas rotários, a participação feminina é decisiva.
O que ocorreu, é que quando o Rotary foi fundado, em1905, a mulher tinha, com raras exceções, apenas funções de esposa e mãe. Não havia, portanto, lugar para ela nos quadros do Rotary. Assim, nos países mais desenvolvidos, as mulheres dos rotarianos, solidárias, os acompanhavam e ajudavam sempre que necessário e útil. No Brasil, o sentimentalismo latino levou-as a se associarem para melhor "dar de si sem pensar em si", como manda um dos principais lemas rotários. Pouco a pouco se organizaram, criaram um estatuto, conseguiram titulo de utilidade pública. Enfim, para melhor servir tornaram-se, juridicamente, independentes. Mas a mulher mudou. Hoje, segura, profissionalizada, galga posições; decide e ajuda na construção social. É, agora, uma força dinâmica que o Rotary não pode mais rejeitar, e assim, a mulher foi aceita no Rotary. Mas as antigas Casas da Amizade funcionam muito bem e, como diz o velho ditado, "em time que está ganhando não se mexe". E as Casas da Amizade continuam funcionando, cada vez melhor. Podemos, portanto, comparar, Casa da Amizade e, Rotary, como um casamento feliz. Antes, cada um tinha uma função definida: o homem supria a casa e a mulher cuidava dela. Hoje, amadurecidos no seu relacionamento, os dois trabalham com individualidade, mas com objetivos comuns, aumentando o poder da família. Assim, Rotary e Casa da Amizade, independentes, porém, mais do que nunca unidos, entrosados, trabalhando para o ideal comum do aperfeiçoamento da humanidade através do exemplo, da busca da justiça e da paz mundial.
Por isso companheiras, não somos senhoras desocupadas que fazem filantropia. Somos sim, senhoras muito ocupadas que, em sintonia com os nossos maridos, abraçamos as causas rotárias tornando-nos meio rotarianas. Mas, para que façamos jus ao titulo de senhoras da Casa da Amizade do Rotary Club, é necessário que ao planejarmos os nossos trabalhos, preocupemo-nos mais em "ensinar a pescar do que dar o peixe", porque só a reciclagem profissional dará trabalho a todos no futuro. Só o trabalho dará independência; só independência dará respeito; e só respeito levará à justiça e à paz desejadas. É nesse campo de batalha que devemos atuar, para que no terceiro milênio haja a escalada de uma super humanidade que sabendo usar conscientemente toda a sua potencialidade para o bem e para o amor, será, sem dúvida, mais feliz.

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